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A vida espiritual está por toda a parte do Cosmos, mas ela assume diferentes formas e se sublima a medida que o Espírito sobe os degraus da evolução.
Um dos mundos mais evoluídos, porém ainda não perfeito, que compõe o nosso sistema solar é o planeta Saturno.
De acordo com informações retiradas do site da NASA (site: https://solarsystem.nasa.gov/planets/saturn/overview/), Saturno é um planeta conhecido por ser um dos gigantes de gelo, perdendo apenas para Júpiter em tamanho. Ele é nove vezes mais largo que a Terra e está a uma distância do sol equivalente a 9,5 Unidades Astronômicas (lembrando que uma Unidade Astronômica equivale a distância entre o Sol e a Terra). A luz solar leva cerca de 80 minutos para chegar até ele.
Outra característica de Saturno é que ele tem o dia mais curto do sistema solar, com cerca de 10,7 horas e ele completa uma órbita ao redor do sol em cerca de 29,4 anos terrestres, experimentando também estações assim como a Terra. É feito principalmente de hidrogênio e hélio, não possui uma superfície verdadeira, está coberto de nuvens que aparecem como listras fracas, correntes de jato e tempestades, sendo que os ventos na atmosfera superior atingem 500 metros por segundo na região equatorial; tem 53 luas confirmadas com nove luas provisórias adicionais aguardando confirmação. Acredita-se que seus anéis sejam pedaços de cometas, asteróides ou luas quebradas que se separaram antes de chegarem ao planeta, dilacerados pela poderosa gravidade de Saturno e cada anel orbita a uma velocidade diferente ao redor do planeta. Possui campo magnético 578 vezes mais forte que o da Terra. Saturno também apresenta auroras, mas diferentemente das auroras vistas na Terra que são produzidas pelo vento solar, as auroras em Saturno não são originadas pela energia solar, sendo uma combinação de partículas ejetadas de suas luas e a rápida taxa de rotação do seu campo magnético.
Não se sabe a data exata da descoberta de Saturno, porém sabe-se que ele foi descoberto a olho nu na antiguidade, provavelmente pelos Sírios, havendo registro de sua existência desde cerca de 700 a.C. e era chamado de "Estrela de Ninib". O nome Saturno foi dado pelos gregos por volta de 400 a.C. Os anéis de Saturno foram vistos por Galileu Galilei em 1610, porém Galileu não os identificou de imediato e os considerou como sendo planetas. Galileu também observou a existência de duas luas orbitando Saturno. Os anéis só foram identificados alguns anos depois por Christiaan Huygens em 1655, que também descobriu a maior lua de Saturno conhecida como Titã. Entre os anos de 1671 e 1674 mais quatro luas (Jápeto, Réia, Dione e Tétis) foram descobertas pelo astrônomo italiano Jean-Dominique Cassini que também fez algumas descobertas em 1675, constatando uma divisão dos anéis, hoje conhecidos como anéis A e B. Novas notícias do planeta só vieram séculos depois em 01 de setembro de 1979 com a nave espacial Pioneer 11, que descobre o anel F e mais uma lua. Entre os anos de 1980 e 1981 a intricada rede de anéis de Saturno é descoberto pela Voyager 1 e a finura de alguns dos anéis foi documentada pela Voyager 2. Em 1 de julho de 2004 a sonda espacial Cassini da NASA é a primeira sonda a orbitar Saturno trazendo inúmeras descobertas sobre o planeta, seus anéis e suas luas durante os seus 10 anos de trabalho. 2005 também foi um ano de descobertas, sendo que em 14 de janeiro a sonda Huygens, da Agência Espacial Européia fez uma aterrissagem em Titã, fornecendo informações sobre a sua atmosfera e imagens de sua superfície. Nos anos de 2006 e 2009 mais anéis foram descobertos e em 2017 Cassini encerrou suas atividades mergulhando na atmosfera do planeta, permitindo que os cientistas obtivesses mais informações sobre a atmosfera de Saturno antes da nave ser totalmente destruída.
Abordando agora os aspectos espirituais de saturno, algumas informações muito interessantes foram trazidas pela mãe de Francisco Cândido Xavier, Maria João de Deus, no livro "Cartas de uma morta", lançado no ano de 1935.
Neste livro, Maria nos conta que, após angariar méritos no plano espiritual, pode fazer uma visita ao planeta para conhecer a comunidade de seres espirituais que lá habitam. Maria, relatando sobre a constituição espiritual de Saturno, informa que ao chegar no planeta percebe a mudança de temperatura, sendo esta mais amena, nota que o sol, muito distante, recebe uma tonalidade azulada e informa que a luz apresenta novos aspectos em combinação com os elementos contidos na atmosfera. Maria comenta que a claridade presente no planeta é conservada graças a presença de inúmeros satélites que a refletem. A superfície sob seus pés era mais ou menos análoga ao gelo, de coloração branca, com vegetação, as vezes brilhante e sem a presença de clorofila, de coloração azulada, com flores de coloração diversificada. Ela também notou que no céu do planeta haviam muitas nuvens e que os habitantes desse mundo volitavam em meio a estas, possuindo características bem diferentes dos humanos, inclusive possuindo membranas que lhes formavam as asas. Estes seres, muito evoluídos, tem o domínio das ciências exatas e conseguem ouvir os espíritos inclusive estando estes nos demais planetas do sistema solar. A sociedade é justa, muito desenvolvida tecnologicamente, e a fé está unida à ciência há muito tempo. Com relação às nuvens observadas por Maria, o Guia Espiritual que a acompanhava informou se tratar de lugares onde os habitantes de saturno se reúnem para estudos diversos. O Guia também informou a mãe do Chico que o dia em saturno tem 10 horas e as estações do ano duram mais de 7 anos consecutivos.
Tais informações trazidas por Maria Cândido Xavier, principalmente no que diz respeito aos aspectos físicos do planeta, são extremamente interessantes pois algumas informações não eram conhecidas ou confirmadas na época da publicação do livro. A informação a respeito da tonalidade azulada do sol, por exemplo, apesar de em uma análise superficial parecer fictícia, pode demonstrar os efeitos atmosféricos na percepção da imagem do sol, já que o planeta ganha tonalidades azuladas quando está entrando no inverno como demonstra a imagem a seguir onde é inverno no hemisfério sul.
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Ainda com relação à percepção da luz no planeta descrita por Maria, foi dito anteriormente que o planeta apresenta auroras que são produzidas pela interação de partículas jogadas pelas suas luas e seu campo magnético, informação que não era conhecida na época de publicação do livro. Maria também diz que saturno possui numerosos satélites. Quando o livro foi publicado eram conhecidas apenas algumas luas. Apenas com a evolução dos instrumentos e com o envio de sondas para o planeta que a maioria delas foi descoberta recentemente.
O fato das plantas não possuírem clorofila também faz todo o sentido considerando a distância do planeta do sol o que torna esse tipo de obtenção de energia improvável. O Guia Espiritual de Maria informa a duração do dia e das estações com um valor bem próximo do que se tem de informação hoje. As nuvens descritas por Maria foram fotografadas inúmeras vezes pela sonda Cassini.
Tais informações trazem confiabilidade à obra e demonstram como uma mediunidade bem desenvolvida e educada como no caso de Francisco Cândido Xavier pode ser bela e recheada de conhecimentos.
Com relação ao desenvolvimento espiritual de saturno, a descrição do ambiente, do nível de conhecimento e de moral dos seus habitantes deixa claro que se trata de um plano bastante evoluído, tratando-se de um mundo feliz. Cabe lembrar que a mãe de Chico Xavier também possui um certo grau de evolução que a colocou em um plano espiritual consideravelmente afastado do orbe terráqueo (quanto mais próximo do planeta Terra menor a evolução do plano espiritual), no entanto, mesmo com a sua evolução, Maria pode apenas visitar Saturno não lhe sendo permitido permanecer nele.
Isso nos faz refletir o quanto ainda temos que evoluir para alcançarmos os mundos felizes onde não existe o sofrimento como o vivenciamos aqui na Terra. Cabe a cada um de nós nos esforçarmos para subir os degraus da evolução não havendo outro caminho a não ser o ensinado por Jesus Cristo: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo".
Referências:
Livro Cartas de uma morta. Maria João de Deus. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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